terça-feira, 24 de março de 2009

CANDIDATOS ÀS AUTARQUIAS DE VILA VIÇOSA EM 2009


Nascido em 1964 no concelho de Alandroal, Distrito de Évora, casado, dois filhos, residente em Évora, tem 44 anos, cresceu e viveu a sua infância e juventude em Vila Viçosa.

Licenciado em Sociologia pela Universidade de Évora em 1988 com Bom com Distinção e Mestre pela mesma Universidade (1997) em Sociologia, variante de Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável, com Muito Bom, sendo Técnico Superior Consultor da Delegação Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional desde 1988, onde tem trabalhado nas áreas da certificação profissional, do planeamento, estudo e análise do mercado de emprego e do sistema de formação profissional, no desenvolvimento e coordenação de projectos de estudos e investigação, de natureza nacional e transnacional.

Foi Director do Centro de Emprego de Évora, Chefe da Divisão de Certificação Profissional e Delegado Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Representou o IEFP no Conselho Geral do CEVALOR, nos Conselhos Consultivos do Governo Civil de Évora, do Instituto da Juventude e da Associação das Regiões de Turismo do Alentejo, Assembleia Geral do Instituto Politécnico de Portalegre, Programa de Iniciativa Comunitária Leader+.

Expert da DG XXIII da Comissão Europeia em Grupos de Alto Nível para o Turismo e Emprego, coordenador da avaliação e avaliador de Programas de Iniciativa Comunitária em Portugal (FER – Fundo Europeu para os Refugiados e Leonardo da Vinci).

Foi docente do Ensino Superior Universitário nas áreas da Sociologia Política, Relações Internacionais, Metodologia de Investigação, Desenvolvimento Regional e Urbano, Sociologia da Vida Quotidiana, Sociologia da Organização Social, Interacção Cultural nas Sociedades Complexas, em Licenciaturas e Pós-Graduações, como Assistente e Professor Auxiliar convidado, membro da Assembleia de Representantes e membro do Conselho Científico, actividade de docência que iniciou como Monitor do Departamento de Sociologia da Universidade de Évora, em 1987.

Colaborador de várias revistas técnicas e científicas, possuindo artigos publicados em vários números das revistas A Pedra, Emprego e Formação, Alentejo - Análise Regional, Economia e Sociologia, Intervenção Social, Sociologia - Problemas e Práticas, Organizações e Trabalho, Cadernos Sociedade e Trabalho, Revista Sociedade e Trabalho.

Autor do livro As Organizações Públicas Estatais na Qualificação das Regiões, colecção Estudos, nº 17, IEFP, Lisboa, 1997, Co-Coordenação do livro Sobre a Leitura - A Biblioteca Pública de Beja como espaço de interacção, IPLB/OAC, Lisboa, 1999, participação no livro Oferta Educativa e Formativa em Turismo: articulação com o mercado de emprego (Coordenação Científica de António Oliveira das Neves), Espaço e Desenvolvimento – Estudos e Projectos, Lisboa: 2007.

Ganhou o Prémio Eugénio de Almeida (1987) ao melhor aluno da Licenciatura em Sociologia na Universidade de Évora, colaborador em jornais e rádios locais e autor do blogue Largo das Alterações (http://largodasalteracoes.blogspot.com/).

Membro de várias Comissões Políticas da Secção de Évora do PSD à qual preside actualmente, da Comissão (Permanente) Política Distrital de Évora do PSD, membro do Conselho Nacional dos ASD (Autarcas Sociais-Democratas), primeiro eleito do PSD à Assembleia Municipal de Évora desde 2001.

JUNTA DE FREGUESIA DE PARDAIS

António José dos Santos Espada - 49 anos

Sendo o único cabeça de lista repetente nas listas do PSD, revela-se profundo conhecedor dos problemas da Freguesia que vê os seus destinos geridos pelo mesmo protagonista há mais de 20 anos.

António Espada foi eleito em 2005 nas listas do PSD à Assembleia de Freguesia de Pardais e participou assídua e empenhadamente enquanto tal no debate dos problemas da freguesia, sempre disponível para apoiar as propostas do executivo que beneficiassem a terra, propondo activamente as correcções e alterações que sempre considerou melhorarem substancialmente o essencial das decisões.

Apresenta-se ao eleitorado com espírito de abertura à construção de soluções de revitalização da terra cujo envelhecimento acarreta perda de população a cada ano que passa, definhando um pouco mais.

JUNTA DE FREGUESIA DE CILADAS

Joaquim António Maurício Ramos – 48 anos

Empresário do sector dos transportes, estreante nas eleições autárquicas, candidata-se à freguesia mais distante da sede do concelho e que sofre em boa medida de algum isolamento que daí decorre.

O candidato do PSD será um dos mais jovens concorrentes à sua freguesia, procurando traçar as linhas de futuro para uma terra que conta com mais do mesmo por parte das outras forças políticas: os que estão e os que já estiveram.

Para além de empresário, o candidato é ainda Presidente do Clube de Caça e Pesca de São Romão, preparando propostas dirigidas a uma população que precisa de ver quebrado o laço de distanciamento face ao resto do concelho.

JUNTA DE FREGUESIA DE BENCATEL

Joaquim Manuel Lobo Nobre – 45 anos

Foi eleito nas listas do PSD à Assembleia de Freguesia, em 2005, onde participou assidua e empenhadamente na construção de soluções em benefício da terra, cujos mais necessitados sempre se mostrou pronto a ajudar.

Profundo conhecedor dos problemas da terra e concelho, o candidato é empresário do sector dos mármores, cujas dificuldades económicas e dinamização do emprego para os mais jovens se espera poderem vir a beneficiar de contributos participativos da sua parte.

JUNTA DE FREGUESIA DE S. BARTOLOMEU

Carlos Alberto Albuquerque Carronha - 49 anos

Como técnico de Farmácia sobejamente conhecido, pessoal e profissionalmente por todos os calipolenses, contacta diariamente com a população de todo o concelho e especialmente da sua sede, sentindo e compreendendo os problemas e as necessidades que cada pessoa, em especial dos mais idosos, para os quais se propõe agora participar de forma mais activa na construção de soluções para um quotidiano mais feliz para os mesmos.

JUNTA DE FREGUESIA DE CONCEIÇÃO

Paulo José Carrasco Rondão – 35 anos

O mais jovem cabeça de lista do PSD nem por isso será o menos experiente nas actividades políticas de natureza autárquica, com provas dadas de continuado empenho na defesa da sua terra e do PSD de Vila Viçosa, a cuja estrutura concelhia pertence.

Profissional da actividade seguradora, o candidato conhece a população e a realidade da sua vivência, na sede do concelho e em todas as suas freguesias, factor que constitui uma mais-valia na análise dos problemas que enfrentam os eleitores da maior e mais diversificada freguesia de Vila Viçosa.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Dr. Jorge Bento Rosa – 56 anos

Médico de profissão, o candidato dispensa apresentações perante os calipolenses.

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa, tem dedicado a sua vida à ajuda aos que mais necessitam de cuidados de saúde no concelho, o que revela bem não só a sua a capacidade e dedicação a causa nobre, como ainda o reiterado interesse em contribuir para a construção de um futuro melhor para o concelho, através da sua participação na Assembleia Municipal.

O perfil do candidato ajusta-se milimetricamente às exigências de seriedade, responsabilidade, rigor e moderação que devem marcar o exercício de presidir ao mais importante órgão autárquico, garante da fiscalização do trabalho do executivo camarário.

16 comentários:

Anónimo disse...

Como candidato repetente nas próximas eleições à Junta de Freguesia de Pardais, gostaria de manifestar o meu total apoio e disponibilidade para o candidato à Câmara Municipal, José Palma Rita, e dizer que subscrevo por inteiro o seu programa e as suas ideias para que a nossa Vila seja mais Viçosa. Na Freguesia a que me recandidato, conto desde já com os apoios da equipa que me companhou nas últimas eleições autárquicas e creio fortemente que com o empenho de todos e a confiança da população de Pardais, vamos ter um resultado que surpreenderá. Tal como os Calipolenses, os Pardaleiros nunca envergonharam ninguém. Um bem haja a todos.

Anónimo disse...

Estive a ouvir hoje de manhã um bocado do debate na Radio Campanário, sobre a avaliação do governo socialista.

Para além de um tal Nascimento dos Verdes que não sei como foi lá parar, nem quem é, estavam representados os principais partidos com pessoas da terra, à excepção do PS, o que muito me estranhou.

Pela CDU estava o candidato à câmara e actual presidente da mesma, pelo PSD também estava o candidato à câmara, pelo PP estava o candidato à assembleia municipal, e, pelo PS, foram buscar reforços a Évora, com um deputado do PS no parlamento, o Bravo Nico.

Como é possível que o PS ande a dizer na rua que quer ganhar a câmara e não tenha tropas cá na terra? Nem o candidato, nem nenhum dos 3 primeiros da lista da câmara são capazes de ir a um debate na rádio?

Mais ainda quando o nº 2 da lista do PS à câmara é o presidente da concelhia do PS? Como pode o homem querer ser vice-presidente da câmara se nem o partido dele defende cá na terra?

Ou será porque se envergonhou de não conseguir explicar porque esteve ontem o Ministro da Cultura em Borba a inaugurar o palacete dos Melos (imagine-se que Borba até já tem palacetes), onde funcionará uma biblioteca municipal, mas não foi capaz de se deslocar à nossa terra para resolver o problema dos coches????

Que bela equipa que tem o PS, é assim que querem ganhar ao Condenado? Vão levar uma abada que até ferve.

Já agora, o vosso candidato já veio lá do estrangeiro? Ou já está em Angola e ainda não sabemos?

E o vosso candidato já se decidiu se é contra ou a favor da eutanásia que o PS defende? E é contra ou a favor do aborto, que o PS defendeu? E é contra ou a favor dos casamentos homosexuais? E lá na Confraria de N. Srª da Conceição, defende o mesmo que o PS ou defende o contrário?

Isso é que eu gostava de ter ouvido hoje na Rádio Campanário, mas, infelizmente, o PS não tem quadros em Vila Viçosa para o defender e o candidato à câmara, afinal, não é do PS nem de ninguém, nem mesmo do PSD porque até estes se desfizeram dele, é só do Jorge Coelho e da Motta-Engil, que o quer mandar para Angola.

Triste PS onde votei nas últimas eleições.

Anónimo disse...

Palpita-me que o PS está a pensar ganhar só com o nome do Roma!
mas já deu para ver que o nome não é tudo.
A capacidade de comunicação de debate pluralista e democratico tambem faz falta e isso falta-lhe muito.
Quer queiram quer não o PS do Socrates é o mesmo do Roma.
Para quê mais palavras...

Anónimo disse...

Não tive oportunidade de ouvir o debate, mas julgo que será repetido na 5ª feira, vou ter o cuidado de ouvir, pois custa-me a acreditar que o PS de Vila Viçosa não tenha estado presente.
Se tal aconteceu é muito negativo para a imagem do partido.

Anónimo disse...

«(...)a estratégia de combate à crise do Governo de José Sócrates me deixa descrente e deprimido.

Aparentemente, Sócrates acredita poder sair da crise recorrendo às panaceias do costume e aos suspeitos do costume, os seus habituais companheiros nas viagens de Estado — entre os quais se incluem alguns dos maiores malfeitores da nossa economia. Se eles abrem a boca queixando-se da crise e reclamando apoios públicos — seja o sr. Amorim na cortiça ou a Mota-Engil nas obras públicas — o Governo apressa-se a despejar-lhes em cima TGV, aeroportos e auto-estradas, pontes e terminais de contentores, milhões e milhões a perder de vista, garantias de crédito, seguros de exportação e até o pagamento dos salários aos seus trabalhadores. Quem está próximo do poder, aproveita, como de costume; quem está longe, que se amanhe; e o grosso das pequenas empresas que aproveite as auto-estradas, as pontes e os viadutos para se pôr ao fresco.

Daqui, resultarão várias consequências que pagaremos caro no futuro. Obras sumptuárias e inúteis, que criarão apenas postos de trabalho precários e à margem da lei e que se transformarão, elas próprias, num problema, financeiro e urbanístico, amanhã; empresas sem viabilidade nem utilidade real que sobreviverão apenas pelos dinheiros públicos, ao lado de outras que sucumbirão, não por falta de mérito, mas por falta de capacidade de influência política, aumentando mais ainda a crença dominante de que para sobreviver num mercado concorrencial é preciso estar encostado ao favor do Estado; o que resta do património natural vandalizado por invocado “estado de necessidade”; e, enfim, a mais preocupante das consequências que é o endividamento que sobrará para o futuro — para muito depois de resolvidas as eleições de 2009 e a própria conjuntura económica que atravessamos.

Ou seja, arriscamo-nos a sair desta crise com um país pior, mais degradado, mais injusto, menos competitivo e garantidamente mais endividado. Passando de uma crise da economia real para uma crise financeira do Estado. Sem termos aprendido nada e não tendo aproveitado a emergência para mudar de regras de jogo e de paradigma de desenvolvimento.

O mesmo Governo que distribui dinheiro às mãos cheias por toda a gente, prepara-se para tomar uma pequena-imensa medida que diz muito sobre o seu conceito de justiça social e as suas preocupações com a economia real: o aumento, mais um, das taxas de justiça, que hoje já são incomportáveis para a generalidade das pessoas e das pequenas empresas. Não contente com isso, determinou que agora, se alguém quiser intentar uma acção cível ou for constituído réu numa, tem de pagar logo o grosso das custas à cabeça, como se tivesse perdido a acção. O objectivo parece ser o de limpar uns milhares de processos pendentes nos tribunais, a benefício de estatísticas de boa governação. A mensagem é que o Governo prefere ficar bem nas estatísticas do que assegurar a todos o direito à Justiça — que é uma das razões fundamentais da existência do próprio Estado.»

MIGUEL SOUSA TAVARES NO JORNAL "EXPRESSO"

Pergunta: onde é que eu já ouvi o nome dessa empresa da Mota-Engil, ligado a Vila Viçosa? E há um candidato de um partido que trabalha nessa empresa? E não há vergonha de misturar a construção civil com as câmaras?

Anónimo disse...

Como é possivel, o ps de Vila Viçosa deslocar-se a receber um ministro num Concelho limitofre e em Vila Viçosa quando são chamados para representar a terra não colaboram, ou será que não têm capacidade de debate?

Anónimo disse...

Não estou comprometido com a politica, já votei PS, já votei PSD e até CDS quando o Eng Roma se candidatou à assembleia, desiludiu-me quando abandonou o lugar de deputado da Assembleia Municipal para o qual tinha sido eleito, mais incredulo fiquei com a sua candidatura pelo PS, diz-se que por interesses profissionais, a mim, é-me indiferente, porque alguem que abandona um cargo para o qual tinha sido eleito, com o voto da população com o empenho de muitos que acreditaram naquele projecto, não merece novamente o meu empenho.
Com isto não digo que votarei PSD, ainda me terão que convencer das qualidades e do vosso Candidato.

Anónimo disse...

Se bem me lembro quando o Eng. Roma se candidatou à Assembleia Municipal pelo CDS e o Almeida à Camara, o Almeida foi eleito vereador e para se agarrar ao poder aceitou o convite da CDU, ficando esta força politica com maioria no executivo, Certo!
Pois bem, (in) directamente o Eng tem culpa na gestão da camara, quanto mais não seja porque fez parte da equipa que deu a 1ª maioria à CDU.
Passados 4 anos a CDU ganha novamente e para voltar a ter maioria no executivo procurou na oposição 1 vira-casacas, desta feita encontrou-o no PS.
Será que caso o Condenado ganhe sem maioria o Eng. Roma mudará novamente de partido?
Nada a estranhar, afinal só lhe ficará a faltar o Bloco de esquerda e o corrupio fica total.
Abraços a todos.

Anónimo disse...

Dr Palma Rita, mais uma vez o Sr. Foi exímio na Rádio, demonstrou mesmo com deputados que a gente do ps não chega nem para começar.

Para o proximo debate devem mandar um ministro, mas que não seja o jamé...

Anónimo disse...

Sempre pensei que o Partido Socialista de Vila Viçosa quisesse distanciar-se dos erros e polemicas do Governo do Sr Socrates.
Acreditei que o Dr Chagas soubesse gerir o Partido de forma a não prejudicar o PS da nossa terra.
Quem tanto tem prejudicado o interior, retirando competencias locais em prol do Litoral, fechando maternidades, atrasando obras necessarias à nossa terra não merece um só voto dos Alentejanos e o Dr Chagas mete tudo no mesmo saco!
Crie Juizo, você e o seu grupeto.

Um Socialista "Alegre".

Anónimo disse...

Agora compreendo a razão da escolha do Roma.
Afinal o PS em Vila Viçosa não tem ninguem.
Para se candidatar à Camara, tem que escolher um saltitante desempregado e para um debate local, chama um forasteiro da cupula do Governo.
É assim que querem ganhar, acabam de promover outra maioria ao condenado, ou uma revolta da população e a vitoria cai para o PSD.

Anónimo disse...

E ficam já a saber que para o debate das Europeias vem a Vila Viçosa - Rádio Campanário, um deputado Europeu a representar o PS.

Anónimo disse...

O PS cá do burgo ainda não percebeu que pode trazer os protagonistas que quiser, porque nenhum deles conseguirá defender a actuação deste governo que está a mandar o futuro de Portugal pelo cano abaixo.

Estranho é o silêncio do PS de Vila Viçosa sobre o Museu dos Coches. Então com o Ministro da cultura aqui tão perto (e tão longe), foram ao beija mão e não conseguiram nada de bom para a nossa vila?
Devem estar à espera de algum milagre que o Granadeiro traga ao vosso jantar, milagre diferente daquele que acontece agora nos EUA (a baixa, forçada, do salário do gestores das empresas que recebem apoios do Estado). Convém não se esquecerem de perguntar ao Granadeiro quanto ganha ele por mês (confirmem por favor se são 170.000€) e de dizerem isso aos calipolenses. Já agora, também podaim trazer o Jorge Coelho, juntavam-nos todos.

Como o PS se esqueceu dos coches, aqui seguem as notícias do trabalho de outros, a que jornais nacionais dão visibilidade.

No Jornal de Negócios de hoje, Helena Garrido, sub-directora do jornal.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=361134

«O museu dos Coches e o novo riquismo
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A proposta de construção de um novo museu dos Coches é mais um exemplo de um novo riquíssimo assente em betão que nos persegue. Desta vez há pelo menos algumas vozes sensatas a apelar que se gaste o dinheiro em organização e não em betão.


A proposta de construção de um novo museu dos Coches é mais um exemplo de um novo riquíssimo assente em betão que nos persegue. Desta vez há pelo menos algumas vozes sensatas a apelar que se gaste o dinheiro em organização e não em betão.

Há dinheiro? Vamos construir mais um edifício. Parece ser o único raciocínio que as lideranças políticas portuguesas conhecem. E que é mais uma vez esgrimido por quem defende a construção de um novo museu dos Coches. Uma orientação geral que aplicam em tudo, sem que se tenha aprendido com os erros do passado. Hoje temos hospitais a mais e saúde a menos, estradas a mais e manutenção a menos, casas a mais e pessoas a menos…

Na anterior campanha para as legislativas, uma das modas foi "os choques". Um deles foi o "choque de gestão" para apontar para a necessidade de organização. Todos ganhávamos com a reanimação pública desse "choque". A desorganização, a falta de integração e a ausência de manutenção do que já temos é, actualmente, uma das falhas mais gritantes. Temos tudo, não mantemos nada.

Pequenos exemplos do quotidiano. Os relógios de Lisboa estão na maioria dos casos parados. A Carris comprou aqueles extraordinários equipamentos que nas grandes cidades desenvolvidas da Europa servem para dizer quanto tempo falta para chegar o autocarro. Em Portugal só servem para dizer o que já diziam: qual o autocarro que ali pára.

Os museus não têm dinheiro para se manterem, renovarem e modernizarem. Mas queremos construir um novo Museu que vai retirar ao actual uma parte do seu valor intangível: estar situado no antigo Picadeiro Real. Porque, pasme-se, há dinheiro, há um projecto e não se constrói um novo museu desde 1975.

No jornal Público de ontem encontramos pelo menos alguma sensatez pelas vozes do director do Museu Nacional de Arqueologia Luís Raposo e da historiadora de Arte Raquel Henriques da Silva. Porque não, dizem, usar esses recursos para concretizar a integração dos museus, com a criação de circuitos integrados? E a isso é possível acrescentar muito mais, como recuperar os museus existentes, dar-lhes modernidade com as novas tecnologias.

Na entrevista que o Negócios publicou sexta-feira com o ministro da Cultura é impressionante que se fale tanto em dinheiro sem que se diga exactamente o que se faria com ele. Quando tomou posse, José António Pinto Ribeiro disse que era possível fazer mais com o mesmo dinheiro. Hoje, infelizmente, já não pensa assim. Mais, nada fez que concretizar esse seu objectivo. E na verdade tinha toda a razão. Pequenos pormenores podem aumentar - em linguagem económica - o consumo de bens culturais e reforçar a vantagem de Portugal no percurso do turismo cultura, actualmente em franco crescimento.

Sem qualquer estudo, é desde logo possível antecipar muito mais ganhos com a criação de um circuito integrado de visitas a museus, do que com a construção de um novo Museu. Sem qualquer estudo, é desde logo possível antecipar maiores ganhos com horários para os museus mais ajustados à vida das pessoas, portugueses e turistas. Sem qualquer estudo é ainda possível antecipar mais ganhos para todo um conjunto de actividades culturais caso se pensasse no conforto das pessoas e na defesa e manutenção do que é antigo e tradicional - um activo que poucos povos têm.

Precisamos de dinheiro sim, mas não em geral para construir coisas novas. Precisamos de dinheiro para manter e organizar o que temos. O novo riquíssimo não nos traz desenvolvimento, apenas se traduz em mais endividamento.

Anónimo disse...

Peço que publique, nao ofendo ninguém...

nota-se que existe um considerável número de pessoas que vem para aqui fazer o exercício da maldicência, em vez de andar por aí a fazer exercício...

atenção que dar à lingua, não conta como exercício físico...

a unica coisa que o PS quis mostrar é que as estruturas nacionais e locais estão interligadas e que o PS de Vila viçosa conta com "aliados" em São Bento... e da importância disso... ninguem no PS de Vila Viçosa tem medo de dar a cara ao contrario da maior parte dos comentaristas que por aqui andam...

perceberam agora ou querem um desenho?

António Espada disse...

Com o máximo dos respeitos por todos os comentadores e opinadores. Muito me estranham os argumentos para que os representantes de topo do PS, em Vila Viçosa, não tenham dado a "cara" no debate da Rádio, a história dos aliados até encaixava, se ao abrigo da lei, houvesse intercâmbio, os Deputados da Assembleia eleitos por Évora, viessem a Vila Viçosa defender uma dama que não é deles, e os elementos do PS de Vila Viçosa iam à Assembleia da Republica defender os legitimos interesses de Vila Viçosa, era uma ideia. Vamos esperar. Ou será que o assunto dos candidatos do PS para Vila Viçosa ainda não está encerrado? Um bem haja a todos os Calipolenses.

Anónimo disse...

Desejo boa sorte ao Palma Rita e aos calipolenses. Vão ficar bem servidos com o Palma Rita na presidencia da vossa câmara.
Luís Eustáquio