terça-feira, 2 de junho de 2009

O BINÓMIO CULTURA-TURISMO NA PRINCESA DO ALENTEJO



O nosso território possui marcas identitárias muito próprias, que reclamam que seja dada particular atenção à preservação das actividades tradicionais, artesanais ou de pequena indústria, que constituem fontes de diferenciação competitiva e afirmação do conhecimento secular acumulado pela comunidade local, associando-as à actividade turística, em benefício da economia local.

Mas, olhe-se para a fraca (nula) participação da Câmara Municipal de Vila Viçosa nos eventos turísticos de projecção nacional e internacional (ex. a BTL), para ver que há um trabalho de iniciativa autárquica, de marketing territorial, de promoção do concelho que está longe de estar conseguido.

Tal não seria de esperar por parte da autarquia, dados os constrangimentos geográficos que a localização de Vila Viçosa, no eixo comercial de Lisboa/Évora-Badajoz, acarretam, ao nível da actividade comercial, mais ainda quando se prevê que os mesmos possam intensificar-se nos próximos anos, aquando da prevista construção de 2 espaços comerciais de grandes dimensões (dimensão regional) que exercerão sobre a população calipolense forte efeito de atracção: um em Évora e outro em Badajoz.

Antes seria expectável a preparação atempada por parte da autarquia de um plano articulado ou ao menos de medidas periódicas para diminuir os previsíveis efeitos nefastos sobre o comércio e turismo locais, jogando essencialmente com o que se reconhece poderem constituir os elementos diferenciadores e individualizados, específicos de Vila Viçosa, que possibilitasse valorizar atractivos que outros concelhos não possuem, com impacto económico na actividade do comércio, hotelaria, restauração e turismo locais.

No entanto, as despesas da Câmara Municipal de Vila Viçosa em actividades culturais foram de 145€ por habitante em 2005, bem distante e abaixo dos 181€ que servem de referência para a área do Alentejo Central.

Atrás de Vila Viçosa só mesmo 5 concelhos, em 14, sendo fácil encontrar concelhos onde a despesa da autarquia em actividades culturais se situa no dobro ou no triplo, por habitante, relativamente a Vila Viçosa.

Também o peso da despesa em cultura, no total das despesas do município de Vila Viçosa, se situa abaixo do valor do Alentejo Central, com apenas 5 concelhos a atribuírem menos importância à cultura, em matéria de despesas.

Gastando menos que outros concelhos em cultura, em boa medida por força da participação de privados que noutros concelhos não existem, deve ser seriamente encarada a opção de redireccionamento das poupanças municipais nessa área em direcção à promoção e valorização externa do património e da imagem do concelho, em benefício da sua atractividade turística.

Do ponto de vista do desenvolvimento integrado e equilibrado de um concelho como Vila Viçosa, a qualidade do ambiente cultural e de lazer assume uma dupla importância, decorrente, por um lado, do seu contributo directo para a atractividade turística e comercial de visitantes externos e, por outro lado, da imagem de atractividade que o concelho consiga transmitir aos quadros altamente qualificados que optem por nele trabalhar e residir, conquistados pelo ambiente cultural em que podem viver e proporcionar aos seus filhos.

Os actuais e potenciais residentes no concelho devem merecer igual preocupação de estímulo e orientação das actividades culturais e criativas, que os cerca de 100.000 visitantes anuais de Vila Viçosa, enquanto turistas, cujas motivações se dividem essencialmente pelas dimensões cultural e religiosa, mas que deixam espaço de exploração a novas vertentes como o turismo industrial, em cuja estruturação de oferta têm um papel determinante as populações e empresas locais associadas à indústria das pedras naturais e ornamentais enquanto actividades económicas de enraizamento local.

A exploração do potencial de novos produtos como o turismo industrial assume uma importância múltipla na medida em que, para além de contribuir para a consolidação económica do sector dos mármores do concelho, também assume relevância para a diversificação das fontes de financiamento das actividades culturais pela sua associação à indústria, já que a dependência daquelas de subsídios dos dinheiros públicos não poderá manter-se por muito mais tempo, sendo certo que o mecenato e o patrocínio constituem apenas duas das múltiplas formas de financiamento a que, num futuro próximo, os agentes culturais terão de recorrer primordialmente, como forma de captação de capitais privados para os seus projectos.

Porém, também é certo que a crise financeira nacional e internacional que atravessamos não constitui o melhor momento para abandonar os promotores de eventos culturais relevantes à sua sorte, já que no actual quadro as empresas estão menos disponíveis para abarcar projectos de mecenato ou patrocínio, pelo que, nesta fase, às autarquias locais continuará a caber o papel principal no financiamento ou promoção directa e indirecta dos mesmos.

Acreditamos não ser necessário esperar por uma classificação da UNESCO sobre o património local, para tratar dele nas suas mais elementares funcionalidades, entre as quais a da visibilidade e animação.

3 comentários:

Anónimo disse...

o que falta em Vila Viçosa é iniciativa, desde a Câmara aos privados... nada se faz, espera-se que tudo caia dos céus...

atrair quadros altamente qualificados? para trabalhar onde? na Câmara? Cá não há nada...

Os máromes estão parados há anos, com a excepção de 4 ou 5 empresas, tudo o resto luta para sobreviver...

o Turismo que se faz por cá, continua a ser ao nível amador...

Espera-se que caia um titulo da Unesco para dar visibilidade, mas não se luta por essa visibilidade enquanto esse titulo não cai do céu... se é que alguma vez vai cair... porque apresentar a candidatura é simples, dificil é ser eleito patrimonio mundial...

Não há estratégia definida, não há acção, vemos uma camara governada por reacção.. favorecendo o clientelismo, e distribuindo o terror por que a ela se opõe... aqui, tal como na Coreia do Norte ou em Cuba não há democracia...

Anónimo disse...

TORRE DE CONTROLO DO PCP

GOSTO PARTICULARMENTE DESTE EXCERTO "É necessário ter uma intervenção activa com os cadernos eleitorais, para garantirmos que os eleitores vão votar e em particular aqueles que estão mais próximos de nós. Assegurar que os militantes do Partido e os apoiantes da CDU vão votar"

ASSIM SE VÊ A DEMOCRACIA DO PC!!

"
“Camaradas

O dia das Eleições começa logo de manhã pelas 8h00, para se verificar se em cada Freguesia tudo corre dentro da normalidade, é pois necessário que em cada Concelho o camarada responsável pelas eleições, esteja activo e contactável e intervenha para em termos de direcção dar apoio. Sendo necessário definir em cada Freguesia tenha um dos delegados para onde possa telefonar para obter informações.

O responsável concelhio informa até às 17h00 de dia o6/06/009, para o pcp em Évora telef. 2666760660, Fax 266760669, email pcp.dorev@iol.pt João Pauzinho 964400771 ou email joaopauzinho@hotmail.com com o nome e o telemóvel do camarada de cada concelho responsável pelo acto eleitoral.

É necessário ter uma intervenção activa com os cadernos eleitorais, para garantirmos que os eleitores vão votar e em particular aqueles que estão mais próximos de nós. Assegurar que os militantes do Partido e os apoiantes da CDU vão votar. Assegurar que as juntas de Freguesia tem os serviços montados para uma resposta imediata aos cidadãos, não ter uma postura reactiva, antes pelo contrário ser activa, é preciso assegurar isso durante esta ultima semana, para que no domingo nada falhe.

Cada concelho deve preparar o seu trabalho para dar uma informação, ás 11h00 sobre indicadores de votação, através dos telefones acima indicados e depois ás 14h00 e ás 17h00.

Após o encerramento das mesas de voto, o delegado do PCP, deve informar o Partido sobre os resultados da votação da sua mesa de voto, deve ser dado a cada delegado o nº de telefone acima referido. Estes dados são fornecidos antes dos mesmos irem para o Governo Civil.

A Comissão Eleitoral”

Anónimo disse...

Ao comentário de 2 de junho 9:49

Concordo consigo em algumas considerações que faz. Não concordo em parte com a inércia dos Privados pela seguinte razão:

1- Para o turista visitar e ficar em Vila Viçosa nos últimos tempos apareceram mais duas unidades Hoteleiras além da Pousada que rapidamente criaram nome, na restauração também tem alguma coisa tendo um deles reconhecimento Nacional e Internacional escrito pela imprensa, aconselhado pelos operadores turísticos o que acontece também com as unidades Hoteleiras. Aqui não há amadorismo nem inercia.

Há sim falta de iniciativa, de visão e de querer fazer da Câmara. O Sr. Presidente recusa-se a participar em reuniões com a Agência de Turismo do Alentejo e com privados para debater futuros projectos para o turismo. Esta é a visão do Presidente.No pelouro da cultura é para rir, até" os malucos do riso ficavam aquém", veja bem num celebre Roteiro Gastronómico editado e oferecido aos visitantes, aparece uma discoteca...!!!!.Temos um centro de turismo que não informa DESINFORMA. É o que dizem os visitantes e aqueles que escrevem em revistas e jornais nacionais e internacionais.
Não existe um roteiro turístico de aconselhamento aos visitantes e por hoje chega na área do turismo.

Os mármores estão assim devido a uma conjuntura económica adversa a qualquer industrial das rochas ornamentais deste mundo. O mal não vem dos industriais, vem sim do abrandamento da construção nacional devido ao mau pacote politico do Governo socialista e do Presidente da Câmara que nunca gostou dos Industriais porque todos não passavam de uns exploradores dos trabalhadores, a não ser aqueles anunciados que estiveram no jantar.

Uma localidade que tem um presidente desta natureza nunca por nunca poderá desenvolver-se porque o lema dele é o seguinte ou estás comigo ou és meu inimigo.

Chegou a altura de dizer basta ao Condenado o mesmo para o candidato socialista que vem há procura do TACHO e ganhar para a reforma.
O condenado fez as calçadas e o independente - tachista e oportunista-socialista só vai fazer estradas....!!!!

Vejo capacidade ao Candidato do PSD, de querer resolver grandes situações para Vila Viçosa que estão mergulhadas na inércia e que até aqui não houve vontade de fazer devido ao desconhecimento e a uma mente
recalcada e maldosa deste actual presidente que tem prejudicado o desenvolvimento Turístico, Comercial e Industrial do Concelho.

Fora com a vilanagem comunista e o oportunista socialista.