Aguardamos ansiosamente pelas notícias da manhã, para verificar se os jornalistas convocados para o "show-off" colocaram à Ministra da Educação as perguntas certas relativamente ao suposto contributo do programa de recuperação das escolas para atenuar a crise, nomeadamente das pequenas e médias empresas no interior do país, aquelas que ainda vão garantindo alguns dos poucos empregos existentes que o Governo teima em destruir.
E a pergunta é simples, tendo em conta a prática de pouca transparência a que este Governo nos habituou com vários exemplos de adjudicações de serviços e obras:
Será que o Ministério da Educação separou em pacotes individuais as obras de remodelação de cada uma das 8 escolas do Alentejo abrangidas, para efeitos de concurso, ou decidiu colocar todo o bolo a concurso de modo a que só algumas (grandes) empresas de construção civil pudessem (pelo limite do alvará de funcionamento) concorrer, prejudicando assim muitas dezenas de pequenas e médias empresas de construção civil que ficaram automaticamente excluidas e que foram obrigadas a encerrar a sua actividade ao longo de 2009, atirando para o desemprego centenas de trabalhadores e empurrando para a dificuldade económica outras tantas centenas de famílias?
Que solidariedade para com os que maiores dificuldades sentem em enfrentar a crise tem este Partido Socialista que está no Governo desde há 4 anos, arrastando Portugal para o mais enlameado pântano político, económico, social e ético de que a democracia portuguesa se recorda?
Seria interessante obter da Senhora Ministra da Educação resposta a tal questão e, mais ainda, sobre o que podem os calipolenses esperar, perante tão evidente clima de suspeição e falta de transparência entre este e outros casos envolvendo grandes grupos económicos ligados à construção civil (ex. do terminal de contentores de Alcântara), de candidaturas autárquicas que o PS continua a apresentar pelo país e no Alentejo, ligadas tão estreita e directamente a tais actividades económicas?
Na verdade, o PS é um partido sob suspeita, do nível nacional ao local. Tudo farinha do mesmo saco.
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